terça-feira, 25 de outubro de 2011

Aula de sociologia explica diferença entre culturas popular e erudita

A cultura popular é oriunda do conhecimento vulgar, do senso comum.
Para alcançar a erudição, é exigido estudo e aprofundamento.

Do G1 PE
Esta reportagem foi publicada originalmente no portal pe360graus, em 12 de setembro.

 Assista ao vídeo da notícia
 Você sabe o que diferencia o frevo da música clássica? E a pesquisa científica da literatura de cordel? O Projeto Educação do dia 12 de setembro falou sobre as expressões culturais e mostrou que, cada vez mais, a cultura erudita está próxima da popular.
A Orquestra Criança Cidadã é um exemplo desse fenômeno. Adolescentes de uma das mais pobres comunidades do Recife encontraram na música clássica um caminho para o futuro. Algo que há bem pouco tempo era impossível imaginar.
Segundo o professor de sociologia Fábio Medeiros , esse distanciamento é rompido quando se dá oportunidade. “Por que a gente elitiza tanto isso? Por que não oferecer isso ao povo? Fica provado que oportunizar as pessoas é oportunizar que elas tenham dignidade”, diz.
A excelência na apresentação da Orquestra Criança Cidadã depende do empenho e da dedicação de cada músico. Para executar as peças sofisticadas com perfeição, os ensaios são longos e diários. Essa é uma das características da cultura erudita: o estudo, a especialização.
“Tanto a cultura erudita quanto a popular são expressões humanas, do sentimento e da vida de um povo. A diferença entre cultura erudita e popular é que, na erudita, você tem quase que necessariamente um estudo, um aprofundamento, um conhecimento mais rebuscado”, explica o professor.
Já a cultura popular aparece associada ao senso comum, ou seja, ao conhecimento do povo, espontâneo, e não ao conhecimento científico. É importante lembrar que tanto a cultura popular quanto a erudita são fundamentais para a formação da identidade de uma sociedade e que a pluralidade cultural promove a igualdade entre os grupos humanos.

Link da fonte: http://glo.bo/p8SWxH

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Para professor de sociologia, a ignorância é a raiz do preconceito

10/10/2011 10h20 - Atualizado em 10/10/2011 17h02

Inclusão social foi o tema da aula de filosofia do Projeto Educação.
Machado de Assis e Lima Barreto foram escritores que abordaram o tema.

Do G1 PE

Assista ao vídeo da notícia
 O termo “inclusão social” é bem comentado nos dias atuais. A rede Apae, por exemplo, é um dos movimentos sociais que promovem e defendem os direitos de cidadania da pessoa com deficiência, que sempre foram marcadas por forte rejeição e discriminação por parte da sociedade. Esse preconceito com o “diferente” foi o tema da aula de filosofia do Projeto Educação desta segunda-feira (10).

Há 50 anos, a instituição se dedica a cuidar de pessoas portadoras de deficiências. Atualmente, 300 pessoas, entre crianças e adultos, são atendidas diariamente e participam de diversas atividades. A missão principal de professores e profissionais de saúde da Apae é preparar os estudantes para a inclusão social: família, escolas, mercado de trabalho.

A coordenadora pedagógica da instituição, Silvânia Paiva, não tem dúvidas: para isso acontecer, é fundamental, antes de tudo, vencer o preconceito e a discriminação. “A discriminação só acontece quando o indivíduo não conhece. A partir do momento que existe esse conhecimento já cria possibilidades para o desenvolvimento da inclusão”, diz.

Para o professor de sociologia Fábio Medeiros, a ignorância é a raiz do preconceito: “O ser humano não nasce preconceituoso. Ele desenvolve isso no hábito cultural. O conhecimento dá a possibilidade de superação desse preconceito e dessa discriminação. Há vários personagens da história recente que sofrem preconceito”.

Preconceito na literatura
Machado de Assis e Lima Barreto foram dois escritores mulatos que abordaram o tema, cada um ao seu estilo. “Machado falou da discriminação social e racial, de modo muito indireto. Mas Lima Barreto falou diretamente e esse é um dos elementos da discriminação que ele sofreu. É um assunto que nós, brasileiros, não gostamos. A gente só gosta de dizer que a miscigenação é bonita”, explica a professora de literatura Flávia Suassuna.

Link da Fonte: http://glo.bo/ohFtTP